Inteligência artificial já é realidade na pecuária brasileira

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Do buscador à personalização da produção

Assistir a um filme, nos dias de hoje, significa pesquisar novidades em serviços de streaming, ver avaliações e verificar recomendações de acordo com o gênero ou ator escolhido. Aprender sobre um determinado assunto significa pesquisar em sites de busca que “completam” nosso pensamento ou nos mostram relações que nem imaginávamos. Comprar um produto online significa avaliar vantagens entre uma marca e outra, perceber que comprando X você deveria levar Y, ou que outros compradores também levaram Z. Sem nos darmos conta, estamos rodeados por máquinas inteligentes e ensinadas, que fornecem as respostas necessárias em pouquíssimo tempo, como se soubessem o que íamos perguntar. E na verdade elas sabem. A inteligência artificial é uma realidade.

Origem do termo

O termo foi utilizado pela primeira vez pelo matemático John McCarthy, em 1955, muito antes dos exemplos atuais e citados acima. Na situação, o professor se referia a sistemas desenvolvidos a partir da imaginação humana que usavam a ciência da computação.

De forma geral, transferindo para os dias de hoje, a inteligência artificial consiste em máquinas e sistemas capazes de raciocinar, aprender, tomar decisões e resolver problemas, assim como o humano. A proposta é que estas sejam capazes de reproduzir ações humanas e também ajudar na tomada de melhores decisões.

Enxergar, falar, compreender comandos e armazenar informações já são habilidades das máquinas. O ponto de partida para o desenvolvimento de um sistema ou programa inteligente são grandes bancos de dados (big data), que podem conter imagens, valores, entre outras informações relevantes. Esses bancos de dados ensinam o sistema sobre o universo em que ele será utilizado.

O grande buscador que utilizamos na internet, por exemplo, possui um banco de dados gigantesco sobre cada um de nós, como sexo, localização, formação, nossas redes sociais, documentos, o que gostamos de comer, beber, assistir e ler. Todas essas informações alimentam um sistema de inteligência artificial que nos categoriza e permite a esse buscador a customização do conteúdo oferecido.

Inteligência artificial no agronegócio

Transferindo para o agronegócio, a inteligência artificial também permite armazenamento de dados e personalização. Milhares de informações podem ser utilizadas, como dados climáticos, volumes produzidos e variedades cultivadas. Estas alimentam sistemas inteligentes para gerenciamento da produção, acompanhamento, apontamento de uso de fertilizantes em áreas específicas ou até o melhor momento para colheita.

Tecnologias já disponíveis para esse mercado são capazes de identificar objetos e texturas, podendo, com rapidez, sinalizar determinada doença na plantação ou necessidade de irrigação. O desenvolvimento da inteligência artificial permitiu à agricultura produzir melhormais rápido e com rastreabilidade.

Inteligência artificial na pecuária

Na pecuária, dados genéticos, hábitos alimentares, peso, composição da dieta, ciclos reprodutivos e rendimento de carcaça alimentam sistemas de inteligência artificial. Para este mercado, especificamente, já existem equipamentos inteligentes que detectam variações comportamentais de animais confinados, apontando períodos em que comem e se movimentam mais, permitindo até mesmo identificar quando estão férteis.

Além disso, sensores são capazes de analisar a composição do hálito dos animais, identificando anormalidades e sinalizando problemas na composição da dieta. Câmeras térmicas inferem sobre o crescimento bacteriano e outras dizem quanto cada animal pesa sem que balanças sejam utilizadas. A inteligência artificial na pecuária já consegue até mesmo calcular e predizer a lucratividade do animal individualmente, como faz a nossa plataforma BeefTrader, superando um dos maiores desafios do confinamento.

 

Exemplo de inteligência artificial na pecuária (Grupo Água Tirada) com tecnologia da @Tech

Seja no pivô, na grande plantação, no pasto ou no confinamento, a inteligência artificial já está presente no campo e é uma realidade na pecuária de precisão, assim como a internet das coisas.

Assim como nos sentimos familiarizados com o buscador, com o site de compras ou o serviço de streaming, precisamos estar prontos para usufruir dos benefícios da inteligência artificial dentro da porteira e da baia. Tais como acompanhamento remoto, predição, mapeamento, identificação individual, personalização, rastreabilidade, entre outras informações que nos ajudarão a ter maior êxito nas decisões, produzindo mais e melhor.

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Até o próximo artigo!

Autora: Gabriela Estevam | Edição: Juliana Chini | Colaboração: Alan Caio Marques

Referência:
CHILDS, Martin. John McCarthy: Computer scientist known as the father of AI. 2011. Disponível em: <link>. Acesso em: 11 jan. 2019.

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