O que os nossos dados podem nos ensinar? Entenda o que o big data muda na pecuária

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Entendendo o conceito

De acordo com a IDC, empresa de inteligência de mercado e consultoria em serviços estratégicos, geramos 2,5 quintilhões de bytes de dados todos os dias. Esses dados vêm de redes sociais, mensagens em aplicativos de conversa, sinais de GPS, pesquisas em sites de busca, compras on-line, vídeos que vemos em sistemas de streaming, entre outros.

Todo esse grande conjunto de dados, que pode ser organizado ou simplesmente armazenado, consiste no Big Data (em tradução livre para português, megadados). O conceito surgiu no início do século XXI, quando o analista Doug Laney passou a discutir a importância de coletar e armazenar dados para análises futuras.

A partir disso, surgem os 5 V’s do Big Data¹:

Volume: referente à quantidade de dados coletados, seja em redes sociais, sites ou aplicativos de dispositivos móveis. De acordo com a Forbes, estima-se que já haja mais de 50 bilhões de dispositivos conectados pelo mundo².

Velocidadea geração de dados é gigantesca e a transmissão também. Além dos celulares, tablets e computadores, hoje carros, geladeiras, tratores e etiquetas de RFID enviam dados a todo momento.

Variedadedados vindos de todo lugar e em diferentes formatos. Os estruturados podem ser planilhas ou databases, enquanto os não-estruturados podem ser áudios, vídeos, e-mails, transações financeiras e imagens que compartilhamos.

Valor: poder armazenar informações, analisar o perfil do usuário e a tomar de decisões a partir desses dados elevou a área de Tecnologia de Informação.

Veracidade: os dados e informações do Big Data são preenchidas por usuários ou empresas, portanto, a confiabilidade tende a ser maior.

Tecnologias como o Blockchain, auxiliam no registro e compartilhamento desses dados.

De acordo com especialistas, o surgimento do Big Data pode ser comparado à transformação da Revolução Industrial, do motor a vapor ou da eletricidade. Segundo Marcio Barbosa, PMO da @Tech, o armazenamento de dados não é tão transformador, mas organizá-los e analisá-los para tomar decisões, sim!

Como isso chega no campo?

Para entender como o Big Data chega à pecuária, é importante relembrar dois essenciais conceitos: Internet das Coisas e Inteligência Artificial.

O primeiro, também chamado de IoT, está relacionado a elementos, animados ou inanimados, conectados entre si e pela internet. Desde 1999, ano em que o conceito foi criado, o monitoramento e gerenciamento de informações está presente em diferentes setores e enraizado no dia a dia da vida moderna. Na pecuária, por exemplo, não basta escolher geneticamente os melhores animais, acompanhá-los para assegurar saúde, ganho de peso e melhor abate. É preciso que todas essas ações aconteçam de forma integrada, ao mesmo tempo, e conectadas.

O segundo conceito, Inteligência Artificial, compreende o uso de máquinas e sistemas capazes de armazenar, aprender e tomar decisões para resolver problemas reais. O ponto de partida para esse aprendizado são os bancos de dados (big data) coletados pelos equipamentos conectados entre si e pela internet (IoT).

Segundo o CEO da @Tech e Futurista, Tiago Zanett Albertini, todas essas tecnologias se conectam na definição de pecuária de precisão. “Esse termo resume bem o avanço de máquinas e sistemas que tiram a informação do papel, de planilhas, de máquinas ou até da cabeça e a tornam digital, dentro de um software, por exemplo”, explica Tiago.

A importância desta mudança é transformar dados em informações que sustentem a tomada de melhores decisões. Dentro de um confinamento, ter informações do histórico genético de animais, dados da composição e oferecimento de dieta, conversão alimentar e até investimento em infraestrutura representam um grande banco de dados. Estes, quando cruzados com informações de mercado, se transformam em informações e podem entregar o lucro da operação, por exemplo. Tal fato, como dito, norteia a tomada de decisão.

O que esperar do futuro?

Quando paramos para pensar que sites de busca sabem o que vamos perguntar antes mesmo de completarmos a frase; que serviços de streaming são capazes de oferecer filmes perfeitos para nós, e que algumas redes sociais disponibilizam emojis específicos a partir da nossa localização, pode ser desafiador imaginar o que mais pode mudar.

O próximo passo é criar tecnologias capazes de armazenar uma quantidade cada vez maior de dados. Só no Brasil, por exemplo, são 116 milhões de pessoas conectadas à internet³, gerando informações a todo instante. Outra grande questão é a proteção desses dados. Diversas são as empresas que armazenam estes dados, outras muitas os analisam e políticas específicas devem protegê-los.

Sejam com informações de pessoas, propriedades ou animais, o Big Data permite acompanhamento, ajuda na tomada de melhores decisões e é até capaz de prever comportamentos e tendências.

Quer saber mais sobre como as tecnologias impactam a pecuária? 

Acompanhe nossos próximos artigos no Programa Pecuária da Informação.

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